Passámos por Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e parte de Dezembro juntos. Ou por outras palavras: por manso fixe, por bé melhor do mundo e por homem da minha vida. Em Janeiro fizeste quinze anos, em Fevereiro fi-los eu. Em Março rasguei inúmeras folhas com o teu nome, com verdades sobre ti e com esperanças escritas de que um dia voltasses. Mudei o nome da nossa pasta de fotografias, bem como a imagem do ambiente de trabalho e do telemóvel. Deixaste de ser o "Bebé @" na minha lista de contactos para seres o "Luís Lopes." Aprendi a controlar-me quando ouço o teu nome, ou quando falam de ti. Deixei de ver o dia oito de cada mês como o nosso dia, onde acrescentávamos mais um mês à nossa história que foi vivida com coração. Já não leio as tuas mensagens antes de adormecer, assim como me habituei a não receber sinais de ti todos os dias. As nossas duzentas e oitenta e nove fotografias estão guardadas, mas decerto que se não estivessem em formato digital que já teriam ganho pó. Passei a rir-me ao ver os nossos vídeos, mesmo sabendo que estão carregados de cumplicidade por ambas as partes. Tudo se gere com o tempo. Mesmo que a música tenha deixado de ser nossa, ainda a ouço. Deixei de achar piada ao facto da minha mochila estar cheia de frases para ti e de estar escrita com o teu nome mais que uma vez. E agora, em Abril, faríamos 1 ano, onde começámos a lutar por nós. No fim, percebi que acima de tudo, nunca passámos pelo meio-termo. Não espero que voltemos a ser quem fomos, espero que aprendamos cada vez mais a lidar connosco, com a nossa amizade e que nunca nos esqueçamos que antes de tudo, tínhamos a amizade que tivemos. E hoje estamos os dois numa vida nova, cada um vive por si, onde o que fomos é relembrado de vez em quando nas nossas memórias. Esquecer não se esquece, mas aprender a viver com isso, eu própria já aprendi. Sempre firmes, ahaha.