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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mãe, pai, ajudem-me!

Não é a droga que me consome, não são os maus vícios que me conquistam, nem a adrenalina da toxicodependência que me provocou a escolha dos maus caminhos. Não tive a ousadia de optar por esse fraco futuro, mesmo que seja uma péssima escolha, só a toma os corajosos. Só os corajosos e os falsos heróis abandonam a vida. Nunca foi heroína e de longe, alguém consideravelmente corajosa. Nunca pensei em suicidar-me, nunca pensei em ingerir substâncias tóxicas. As razões não são os factos. Não me recuso a admitir que tenho problemas e que preciso de ajuda. Custa-me admiti-lo, sim. Não é fácil para ninguém aceitar as suas próprias fraquezas, lidar com o seu fraco ego. Não tenho os problemas do quotidiano, os frequentes problemas da sociedade, dos adolescentes e das fases que se seguem. Penso e sei de mais. Tenho mentalidade, mas não deixo de me considerar infantil. Não é a inexistência do fútil que me incomoda, é a vossa ausência diária. São vocês o meu problema, a fraca estabilidade que tenho da vossa parte, as drásticas mudanças que me acompanham no vosso lugar. Não é disso que preciso para ser alguém, é de vocês. Eu já me mentalizei que juntos, já mais voltarão a ser felizes. Não vos peço o que não querem dar, só vos peço que criem uma relação entre nós. Mais do que vos pedir isto, é a vida que me fazem viver há anos. Ninguém substitui ninguém. Não é o apoio psiquiátrico que disfarça e alivia a mágoa que faço carregar o meu coração. Não são horas de terapia que vão impedir que relembre que foram as vossas atitudes que nos separaram. Eu sempre me compreendi.