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domingo, 5 de dezembro de 2010

Adriana: somos para sempre, tonta.

Continuo à espera do nosso marcador de tempo, o nosso invencível para sempre. Ainda não desisti de acreditar que temos a razão nas mãos, que temos uma plateia à nossa espera. Ouço os gritos de alguém que berra para que nós voltemos, ouço-me a mim, caracterizando o que sinto. Sou eu quem tantas vezes dou a minha voz para me fazer ouvir no teu coração. Quantas vezes já não desprezei o silêncio em vão, foram tantas como as tentativas aparentemente falhadas. Quero que saibas que não mudou o que sinto por ti. Não esqueças a nossa força, o tempo que roubámos e que no fim, nos marcou. Tu foste alguém persististe e que também por isso, não se fez esquecer. Eu não deixei de acreditar em ti, mas surgiram dúvidas em relação a mim, ao que tantas vezes acreditei ser. Venham as vidas que vierem nós vamos acabar sempre com algo que nos pertence. E nesta vida, o que temos, é um bom passado e certamente que mais nos espera. Nós não somos um mundo, temos as nossas diferenças, mas mais que isso, temos uma história em comum. Não engano as nossas saudades, não escondo a falta que sinto de ti, mas evitei demonstrá-lo. Não penses que por não dar sinais nossos me esqueci de nós. Lembra-te das vezes que me agarrei a ti e te pedi para que não fosses. Lembra-te do que temos para contar, temos três vidas. O que fomos, o que somos e o que certamente seremos. Já fomos muito juntas e nunca te esqueças que o que houve em nós, nem o tempo apaga das nossas memórias. Tu não vais voltar, pois só regressa quem parte, e tu nunca saíste do meu coração.