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domingo, 28 de novembro de 2010

Não é o início e de longe será o nosso fim.

Muitos são os dias em que me entrego a ti, em que escrevo o que em ti marcou o meu coração. São quatro horas, mas onde estás, o teu relógio marca as cinco. Os dias acabam e começam as vezes que forem precisas, quantas as vezes nós quisermos. Não sou de agora e quando acabar, decerto que já não estarei aqui, tal como tu não estás. Ambos estamos entregues ao tempo, não que ele seja justo, mas é próprio da vida. Não permitiste despedidas e a minha oportunidade não foi dada. Ao contrário do que sinto em relação a mim, eu tenho saudades tuas. A tua ausência ainda é recente, a tua vida não tem volta, mas muita revolta passou por nós. Talvez tenha sido justa a forma como partiste. O tempo não parou por ti, não é algo que não merecesses, mas como bem sabes, parte de mim morreu, no dia em que tu também o fizeste. Não é por mudar a hora do meu relógio duas vezes por ano ou por haver quatro estações entre as quais, existem grandes distinções que vou esquecer a falta que sempre hás-de fazer em mim.